Um diálogo entre dois mestres
Em seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, Mário Palmério celebrou o grande escritor e amigo, Guimarães Rosa. Por Erileine Rodrigues

Discurso de posse de Mário Palmério na Academia Brasileira de Letras
"João Guimarães Rosa não foi apenas um querido amigo: foi-me o mestre maior, dia a dia mais e mais admirado e respeitado. Bastava o afeto, pois, para que redobrasse de esforço no levantar-lhe as pisadas, no desvelar-lhe o ainda mal conhecido de sua predestinação, pode-se dizer monástica, de estudioso sem fadiga, trazer demão em suma, tanto quanto possível vera e proveitosa, aos especialistas que já lhe estão a investigar e especular vida e obra mais acurada e competentemente." Leia o discurso na íntegra

Discurso de Tarciso Padilha, o sucessor de Mário Palmério na ABL
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Como Pedro Nava, Mário Palmério principiou pelo fim. Nasceu feito. Acabado. O noviciado sequer começou e a ordenação a todos surpreendeu. O primeiro livro já surgiu com o reconhecimento de seu valor. Como obra-prima, e ainda com a novidade do romance eleitoral, na avaliação de Wilson Martins." Leia o discurso na íntegra


Mário Imortal
É um dos mineiros mais importantes nêste País de mineiros importantes, de JK a Magalhães Pinto, sem falar em Guimarães Rosa. Um dia mandou os originais de um livro para Rachel de Queiroz lêr. Vejam só! Por José Cândido de Carvalho
 

A Academia Brasileira de Letras (ABL) foi criada a partir de uma idéia de um grupo de jovens escritores. Em 1896, na redação da Revista Brasileira, José Veríssimo e seus parceiros começaram as sessões preparatórias. Em 15 de dezembro, Machado de Assis já era aclamado o Presidente e, no ano seguinte, foram definidos a Diretoria e os estatutos.

Em 20 de julho daquele ano, na antiga sala do Pedagogium, na rua do Passeio, instalou-se oficialmente a Academia, com os discursos do Presidente Machado de Assis, do Secretário-Geral Joaquim Nabuco, e o relato das atividades preparatórias a cargo do Primeiro-Secretário Rodrigo Octavio. Na sessão inaugural, tomaram posse os 40 fundadores. Cada um deles, ao escolher um patrono para sua cadeira, perpetuou a memória de um grande nome das letras brasileiras.

A Academia não tinha uma casa própria, mas em 1923 o governo francês doou uma réplica do Petit Trianon de Versalhes. O edifício tem um pavimento no térreo de Salão Nobre e outras belas salas. O destaque é a Sala dos Poetas Românticos e a Sala Machado de Assis. No andar superior, estão a Sala de Sessões, a Biblioteca e o salão de chá.

Fernanda Castilho