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Iniciação Científica: primeiro passo para a carreira acadêmica

01 de março de 19
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A Iniciação Científica permite aos alunos de graduação um primeiro contato com a metodologia da pesquisa científica. Por meio dela, o estudante pode acompanhar a elaboração de um projeto na companhia de um professor orientador. Foi assim que Renata Oliveira Samuel, docente no Programa de Pós-graduação em Odontologia e coordenadora da especialização em Endodontia, da Uniube, deu início à sua carreira dentro da pesquisa.





Renata possui mestrado, doutorado e pós-doutorado em Ciência Odontológica. Especialista em Endodontia, a cirurgiã-dentista ingressou na Universidade de Uberaba em 2006. “No terceiro período da faculdade, uma das professoras que eu mais admirava falou que estava precisando de alunos e que iria fazer um processo de seleção. Então me candidatei, ingressei em 2007 e continuei até me formar. No total fiz iniciação científica por 3 anos”, conta.




O gosto pela pesquisa já existia, com a iniciação científica teve a oportunidade de já trabalhar o currículo para a carreira academia ainda durante a graduação. “E este com certeza foi o passo inicial para que eu alcançasse meus objetivos após a conclusão do curso: passei no programa de mestrado na UNESP já com bolsa. A iniciação científica além de ter sido excelente do ponto de vista profissional, foi muito bom também do ponto de vista financeiro, já que fui contemplada com bolsa nos dois últimos anos da atividade”, continua.




Ainda segundo a doutora, a experiência foi muito favorável, já que, ao entrar no mestrado, sentia mais preparada em comparação àqueles que nunca tiveram experiência com pesquisa. “Já estava mais familiarizada com metodologias científicas, artigos, confecção de relatórios para prestação de contas e apresentação de trabalhos em congressos. Graças à iniciação eu tive certeza de como seria minha carreira após a formatura. Me motivou muito a entrar no Mestrado. Os três anos de iniciação científica me colocaram em um universo muito diferente dos demais alunos da minha sala que não faziam: eu tinha um contato muito maior com os professores e nesses momentos estava sempre aprendendo”, pontua.



A iniciação científica




Iniciação Científica (IC) é um instrumento que permite aos alunos de graduação a familiaridade e o trabalho com a pesquisa científica. “É uma oportunidade para o aluno entrar em contato com a metodologia da pesquisa científica na prática. Ele vai acompanhar a elaboração de um projeto de pesquisa, que parte de uma pergunta, encontrar a metodologia adequada para responder a essa pergunta, obter os resultados e interpretá-los, chegando a uma reposta. Além disso, permanece em contato estreito com um professor altamente capacitado (normalmente com titulação de Doutor ou superior), o que constitui uma oportunidade muito grande de aprendizado”, explica o coordenador de projetos e pesquisas da Uniube, professor Geraldo Thedei Junior.




Na Universidade, o aluno interessado deve procurar um professor que desenvolva pesquisa na sua área de interesse e acompanhá-lo em todas as etapas que antecedem o desenvolvimento da pesquisa, como leitura de artigos científicos e outros textos que visam obter a identificação da metodologia mais adequada para a resolução daquele problema. “Depois que o projeto foi elaborado e aprovado, o aluno passa a desenvolver seu trabalho científico propriamente dito. Para isso ele terá acesso a toda a infraestrutura necessária disponível na Universidade ou em parceiros coparticipantes da pesquisa. Essa é outra oportunidade que se apresenta ao aluno de IC: ampliar sua rede de contatos, conhecer outros professores, outras pesquisas”, complementa o coordenador.




O aluno tem um ano para apresentar o trabalho. “Depois disso ele precisa entregar um relatório científico e fazer a apresentação dos seus resultados no Seminário de Iniciação Científica (SEMIC). Também, apresentar seu trabalho em outros eventos científicos, bem como participar da publicação dos resultados em revistas científicas”.




Podem participar todos os estudantes de graduação a partir do segundo período, até o último de qualquer curso. “Ter a IC quer dizer que a Instituição faz pesquisa e a pesquisa é um dos pilares que sustenta a Universidade (junto com o ensino e a extensão). Esses 3 pilares interagem, de modo que a pesquisa fortalece o ensino, pois põe o aluno em contato com o conhecimento novo, gera conhecimento que pode ser levado para a comunidade (extensão) e ambos (pesquisa e extensão) tornam o ensino mais”, completa o coordenador.



Desde de 2007, o SEMIC foi expandido para alunos do Ensino Médio, que desenvolvem projetos junto aos estudantes de graduação e também sob a supervisão de um pesquisador da Universidade. Os alunos de Iniciação Científica podem receber bolsas oferecidas por vários Programas, como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) e o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC), fomentadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa (FAPEMIG).