Universidade do Agro recebe pesquisadores da Embrapa Cerrados e dá início a parceria | Acontece na Uniube

Universidade do Agro recebe pesquisadores da Embrapa Cerrados e dá início a parceria

29 de fevereiro de 24
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A Universidade do Agro recebeu, na última terça-feira, 27, dois pesquisadores da Embrapa Cerrados. Eduardo Alano e Josefino Fialho conheceram a equipe da Instituição e a área da Cidade do Agro, palco da parceria que se concentrará na produção e no melhoramento genético da cultura da mandioca. Os pesquisadores foram recepcionados pelo responsável pelo projeto, professor Ricardo Mendonça, professor e relações institucionais da Universidade do Agro, Francisc Silva, e o Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Uniube, André Fernandes.


"A mandioca é uma cultura nativa do Brasil, de importância social e econômica, e deve fazer parte do projeto da Universidade do Agro. Sabemos da importância de Uberaba para o agronegócio do país, especialmente do cerrado, que é nossa região de atuação. Trabalhamos com pesquisas na cultura da mandioca, sempre visando ao melhoramento genético, o desenvolvimento de novos cultivares e novas tecnologias de produção, tanto para a mandioca industrial quanto para a de mesa. Estamos muito empolgados e maravilhados com a possibilidade de fazer parte desse projeto de desenvolvimento da Cidade do Agro e percebemos que será um lugar fantástico para trabalhar em ensino, pesquisa, extensão e validação de novas tecnologias voltadas para o agronegócio", enaltece o pesquisador da Embrapa Cerrados, Eduardo Alano.


O projeto tem uma linha central, que é a cultura da mandioca, mas irá trabalhar com linhas de pesquisa com enfoques diferentes. "Uma das linhas está relacionada à mandioca destinada ao consumo in natura, minimamente processada e conhecida como mandioca de mesa. Nessa vertente, avaliaremos materiais com aptidão para serem produzidos aqui na nossa região, ampliando o leque de opções do produtor em relação à escolha desse material genético. Atualmente, há uma restrição quanto ao número de materiais existentes, e queremos aumentar as possibilidades. Também temos uma pesquisa relacionada à mandioca como matéria-prima para a indústria, para a produção de farinha e fécula. Esta é outra vertente; os materiais genéticos para essa finalidade possuem outras características, os investimentos são diferentes, as áreas plantadas normalmente são maiores e o produtor tem um perfil diferente. A Embrapa possui um material de mandioca que não é rico em amido, mas sim em sacarose, ou seja, esse material tem várias potencialidades, além da alimentação animal, como aditivo para silagem. Ele pode ser utilizado, por exemplo, para a produção de álcool, cerveja e alimentos através do processo fermentativo. São três linhas de pesquisa que divergem em relação ao objetivo final, mas todas partem da espécie mandioca", explica o professor responsável pelo projeto, Ricardo Mendonça.


O foco do projeto será a validação dos materiais genéticos disponibilizados pela Embrapa Cerrados. "Os melhoristas da Embrapa têm feito um trabalho de melhoramento dessa cultura há algumas décadas. Iremos verificar qual é o material que melhor se adapta às nossas condições de clima e solo. Esse será nosso ponto de partida. Avaliaremos esses materiais e certamente contaremos com o envolvimento da comunidade acadêmica, com professores, alunos e estagiários, proporcionando uma ótima movimentação do ponto de vista educacional e de pesquisa", pontua Ricardo.


As vantagens desse trabalho são diversas. "Academicamente, ofereceremos a oportunidade para que os alunos vivenciem o trabalho de melhoramento em toda a sua extensão. Socialmente, iremos alcançar os produtores da nossa região e melhorar as alternativas que eles dispõem para explorar economicamente essa cultura. Teremos uma abordagem bastante expressiva, com um impacto significativo dentro da cadeia do agronegócio", conclui o professor.


Carolina Oliveira | Universidade do Agro