Projeto da Uniube avalia as contribuições do gado Zebu para a produção sustentável de proteína animal | Acontece na Uniube

Projeto da Uniube avalia as contribuições do gado Zebu para a produção sustentável de proteína animal

31 de agosto de 23
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O projeto foi desenvolvido através da parceria entre Uniube e Museu do Zebu, e a chamada pública terá duração de 36 meses e o valor de 389 mil reais


A Uniube, em parceria com o Museu do Zebu, alcançou a aprovação de um projeto na chamada pública da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Dos 87 projetos inscritos, somente 38 foram selecionados na fase final do processo de avaliação. O projeto, intitulado "Ciência e Tecnologia do Campo à Mesa - As Contribuições do Gado Zebu para a Produção Sustentável de Proteína Animal", receberá um financiamento de 389 mil reais. Com uma duração prevista de 36 meses, essa iniciativa busca explorar o potencial da tecnologia zebuína para a promoção da produção sustentável de proteína animal.


O projeto obteve aprovação no "Programa Praças da Ciência em Museus e Centros de Ciência e Tecnologia e Espaços Científicos Culturais", que tem como propósito conceder recursos não reembolsáveis a Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs), visando apoiar projetos que incentivem a implantação de Praças da Ciência em municípios de todas as regiões do Brasil. Essas iniciativas, de custo acessível, são direcionadas para públicos de todas as idades, incluindo crianças, jovens e adultos, com ou sem deficiência.


"Apenas as instituições de ciência e tecnologia podem participar do Edital da Finep, e a Uniube é uma dessas instituições. O edital previa a implementação de praças de ciências, dando preferência a parcerias com ambientes adequados, como museus e centros culturais. Unimos a expertise técnica da Uniube com a competência do museu na execução, o que tornou a participação neste desafiador edital possível. Obtivemos o consentimento dos parceiros envolvidos, incluindo a Prefeitura, a Fundação Cultural e a ABCZ, que é a mantenedora do parque. A ABCZ também endossou o compromisso de manter o museu por 5 anos. O projeto surgiu em um momento oportuno, uma vez que o museu transcende o tempo e se mantém dinâmico. Estamos orgulhosos por termos sido selecionados e conquistado a primeira posição em Minas Gerais", comemora a coordenadora da Unitecne e do projeto na Uniube, Dionir Andrade.


O Edital tem duração de 36 meses e, durante esse período, serão realizados workshops de planejamento estratégico, bem como oficinas de avaliação e monitoramento. "Estão planejados diversos encontros ao longo dos 36 meses de vigência do projeto. Três workshops estão agendados, cada um abordando um tema específico. Além disso, contaremos com suporte para aprimorar a revista Turma do Zebuzinho, que já está em circulação e é direcionada ao público escolar. A revista continuará a ser desenvolvida e passará por uma expansão para alcançar um público mais amplo. Paralelamente às oficinas, realizaremos visitas guiadas ao Parque Fernando Costa e promoveremos exposições. Tudo isso contribuirá para uma abordagem dinâmica que reforça constantemente a relevância do Museu na sociedade de Uberaba", explica Thiago Riccioppo, coordenador do projeto no Museu do Zebu.


Para Thiago, ter o projeto aprovado representa uma sensação incrível, especialmente porque o Museu do Zebu estará comemorando 40 anos de atividade em 2024. "Trata-se de uma instituição museológica sólida, com uma ampla gama de atuações dentro da comunidade de Uberaba, refletindo o vasto legado que o Zebu representa no Brasil, não apenas para Uberaba. Nossa atuação está em sintonia com esse legado. A aprovação de um projeto, como esse da Finep, irá impulsionar ainda mais nosso envolvimento diante do fortalecimento institucional do museu e dos desafios relacionados às nossas iniciativas educacionais junto a escolas e à comunidade em geral, especialmente as camadas mais vulneráveis da população. Além disso, permitirá uma compreensão aprofundada e uma maior participação da população em relação à importância da alimentação, da carne e do leite, bem como ao significado que esse legado representa para cada indivíduo", ressalta o coordenador.


Projetos:


Projeto Zebu na Escola - Meta: participação de 10.000 mil alunos


Projeto Zebu na Universidade - Meta: participação de 1.000 alunos anualmente


Projeto Meu Amigo Animal - Meta: participação de 40 pessoas anualmente 


Projeto Ciência no Parque - Meta: participação de 200 pessoas anualmente


Projeto Quintou no Museu - Meta: 20 edições com a participação de 50 participantes em cada oferta. 500 pessoas anualmente. 


O Museu


O Museu do Zebu Edilson Lamartine Mendes - MuZe, foi inaugurado há quatro décadas e, desde então, tem se dedicado a diversas iniciativas para preservar a memória e promover a divulgação da história da pecuária nacional. Através deste novo projeto, o MuZe tem como objetivo consolidar e expandir suas atividades, transformando-se em um espaço compartilhado e versátil para estudos, divulgação científica e difusão cultural. "Planejamos introduzir novos projetos, embora já tenhamos alguns bem estabelecidos, como o 'Zebu na Escola', que já está em andamento há mais de duas décadas. Vamos ampliar essas iniciativas tanto nas escolas como nas universidades, visto que estão alinhadas com os cursos universitários, particularmente na área de ciências agrárias. Quanto ao 'Zebu Game', planejamos desenvolver jogos com foco educativo e financeiro, permitindo que os estudantes interajam de forma lúdica e educativa com o amplo universo do Zebu e da Pecuária Brasileira", explica Thiago.


Além disso, o Museu já executa uma série de projetos anualmente, com uma programação diversificada. "Nossa intenção é fortalecer esses projetos já consolidados e bem-sucedidos, bem como introduzir outros, como o 'Quintou no Parque', que acontecerá na última quinta-feira de cada mês. Sempre traremos um convidado para uma atividade artística e cultural. No projeto 'Meu Amigo Animal', buscamos cada vez mais oferecer experiências aos portadores de necessidades especiais, sejam elas auditivas, físicas ou visuais. Isso inclui um contato com os animais acompanhado por um instrutor especializado para fornecer tradução do que está acontecendo, além de produzir versões em Braille e recursos em áudio para a revista", conclui Dionir.