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HVU recebe tamanduá com trauma cranioencefálico causado por atropelamento

09 de agosto de 23
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O Hospital Veterinário da Uniube (HVU) recebeu, na primeira semana de agosto, um tamanduá jovem apelidado de Roberto. O animal foi resgatado pela Polícia Ambiental após ser atropelado em uma rodovia próxima a Uberaba. Durante a avaliação, realizada na tarde de quarta-feira, 02, foi constatado que o tamanduá apresentava um quadro grave de pneumotórax, caracterizado pela presença de ar fora dos pulmões, bem como um trauma cranioencefálico. Não foram encontradas fraturas nos membros torácicos e pélvicos.


A chegada de Roberto ao HVU foi seguida imediatamente por sua sedação para uma avaliação física minuciosa. "Inicialmente, ele apresentou alguns movimentos desorientados, como caminhar em círculos antes de perder o equilíbrio. Devido ao risco inerente às garras do animal, a sedação foi essencial para a avaliação ortopédica inicial, que descartou qualquer fratura nos membros torácicos e pélvicos. No entanto, com base na experiência do HVU com tamanduás vítimas de atropelamento, iniciamos a drenagem do tórax, revelando um pneumotórax resultante do impacto do atropelamento. Exames de raio-X foram realizados tanto na região torácica quanto na pélvica. Enquanto o exame da pelve não indicou fraturas, o raio-X torácico confirmou a gravidade do pneumotórax", conta a médica-veterinária residente do setor de animais silvestres do HVU, Lara Bizinoto.


"Após a drenagem inicial, durante a qual foram retirados cerca de dois litros de ar, indicando a necessidade de drenos torácicos, instalamos dois drenos ativos - um no tórax esquerdo e outro no hemitórax direito. Esses drenos permaneceram por três dias para permitir a eliminação contínua do ar acumulado nos pulmões do tamanduá", continua.


O tratamento também se concentrou no traumatismo cranioencefálico, determinado como diagnóstico final com base nos sintomas clínicos apresentados pelo animal. "Roberto chegou no hospital com níveis elevados de glicose no sangue e, após a recuperação da anestesia, apresentou sinais de alteração de consciência, como movimentos desordenados e pressão da cabeça contra a parede, indicando desconforto e dor de cabeça. Embora não tenha havido fraturas devido ao atropelamento, o impacto na cabeça levou ao diagnóstico de traumatismo cranioencefálico. Esse tratamento foi continuado por vários dias", explica Lara.


Na última segunda-feira, dia 07, Roberto demonstrou progresso significativo em seu estado. "Nos últimos dias, sua condição vem melhorando constantemente. Na segunda-feira, ele conseguiu se alimentar sozinho e se movimentar consideravelmente, até mesmo sendo autorizado a se movimentar livremente nas instalações do hospital. Sua recuperação tem sido notável, e estamos nos preparando para reintegrá-lo ao seu habitat natural", conclui a médica-veterinária.