Aluna de Medicina da Uniube realiza estágio em Geriatria na França
A acadêmica de Medicina da Uniube, Maria Eduarda Palmério, realizou um estágio em Geriatria na França, sob supervisão da renomada médica Florence Bonté, referência na especialidade. A oportunidade surgiu após uma conversa com a doutora e professora da Uniube, Maíra Borges, e o envio de um e-mail em que a estudante expressou o desejo em conhecer o serviço conduzido por Florence.
O interesse pela área geriatrica surgiu ainda no início da graduação de Maria Eduarda. O contato com os avós e o olhar mais atento para o cuidado com os idosos foram decisivos nesta escolha. "Essa área exige sensibilidade e conhecimento técnico, por tratar o paciente de forma integral. Por isso, a doutora Florence é uma grande inspiração por valorizar a empatia, a comunicação e o trabalho interdisciplinar. Além disso, me impressionou a forma como o tratamento vai além dos medicamentos com terapias como arteterapia, musicoterapia, Fisioterapia, Fonoaudiologia e acompanhamento psicológico especializado em depressão geriátrica".
Por isso, a aluna se surpreendeu com a resposta imediata e acolhedora, que abriu portas na França para um intercâmbio fundamental na consolidação dessa escolha profissional. "Ela disse que seria um prazer me receber na clínica e destacou o carinho especial que tem pelo Brasil. Durante o estágio, participei de diversas atividades que ampliaram minha visão sobre o cuidado ao idoso. Acompanhei consultas geriátricas tradicionais, semelhantes às do Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU), e também atendimentos específicos, como os chamados 'J1 Mémoire et Fragilités', voltados a pacientes com queixas de memória, déficits neurológicos e alterações comportamentais", conta Maria Eduarda.
Em relação ao sistema de saúde francês, Maria Eduarda ressalta a organização e o investimento em estrutura e equipe multiprofissional. "Na França, a Geriatria é uma especialidade valorizada, e o envelhecimento populacional é tratado como prioridade de saúde pública. Todos os profissionais demonstravam grande preocupação em garantir que o idoso compreendesse o que estava sendo dito, com paciência e delicadeza. As refeições, por exemplo, eram feitas em conjunto, com pacientes e equipe sentados à mesma mesa, um gesto simples, mas de profundo simbolismo humano", pontua.
A aluna destacou ainda o papel da Uniube na formação médica e no incentivo a experiências internacionais. "A Uniube sempre valorizou o contato dos estudantes com diferentes realidades de saúde. Desde os primeiros períodos, somos inseridos em Unidades Básicas de Saúde (UBS), hospitais e centros especializados, o que me deu uma base sólida de conhecimento e sensibilidade social. Quando surgiu essa oportunidade, recebi total apoio institucional para transformar esse sonho em realidade. A formação que recebo, pautada na ética, na humanização e na excelência clínica, me deu segurança para me adaptar e aproveitar ao máximo essa vivência fora do país".
Ao refletir sobre o impacto da experiência, a estudante descreve o intercâmbio como uma transformação pessoal e profissional. "Aprendi o valor de um modelo de medicina que enxerga o paciente na totalidade. Quero levar esse olhar para minha prática médica no Brasil. Além disso, vivenciar o sistema de saúde francês reforçou minha vontade de construir pontes entre culturas médicas e de seguir com os aprendizados", conclui.
Pâmela Rita