Resumo: Este trabalho tem por objeto a Educa��o de Jovens e Adultos (EJA) sob a perspectiva de um revisitar aos documentos das Confer�ncias Internacionais sobre Educa��o de Adultos (CONFINTEAs), em especial os da V CONFINTEA, e � legisla��o nacional e local. O estudo foi realizado com o objetivo geral de conhecer e compreender as acep��es sobre a EJA que emanam dos documentos da V CONFINTEA, a fim de analisar em que medida as concep��es de EJA resultantes das discuss�es e delibera��es desta Confer�ncia norteiam as pol�ticas p�blicas da EJA e de Forma��o de seus professores. Para isso, temos como objetivos espec�ficos: primeiramente, estabelecer um paralelo entre a concep��o de EJA presente nos documentos das CONFINTEAs e a das pol�ticas p�blicas nacionais dessa modalidade de ensino; depois, identificar nestes documentos e na legisla��o nacional vigente as acep��es sobre a EJA, seus docentes e p�blico-alvo, evidenciando os objetivos e as especificidades dessa modalidade de ensino, suas demandas sociais e de Forma��o de Professores para nela atuar. Finalmente, identificar e analisar dois projetos de EJA em n�vel local a fim de verificar sua articula��o com as proposi��es da V Confer�ncia e com a legisla��o vigente. Trata-se de uma pesquisa bibliogr�fica, referenciada em Campos, Di Pierro, Freire, F�vero, Giovanetti, Ireland, Paiva, Soares, entre outros. E documental, representada pela an�lise das declara��es das Confinteas e a legisla��o pertinente. Por meio das palavras-chave, buscamos, via online, diversas publica��es em bibliotecas locais e nacionais e ap�s uma sele��o, os documentos foram analisados. Para tanto, utilizamos os procedimentos da an�lise de conte�do, buscando identificar informa��es factuais e expl�citas, numa tentativa de responder aos questionamentos desse trabalho. Constatamos que as pol�ticas p�blicas direcionadas � EJA carecem de um efetivo financiamento e que a Forma��o de Professores que atendam as especificidades dos discentes � incipiente. Analisando os projetos locais, constatamos que um deles ainda se encontra engessado, assemelhando-se ao ensino regular, o que, muitas vezes, reproduz o cen�rio de exclus�o e marginalidade no qual vive uma parcela significativa dos educandos da EJA. O outro, encontra-se implementado no regime semipresencial, com pressupostos de flexibiliza��o que, a nosso ver, atende melhor �s especificidades dos educandos, propiciando-lhes uma educa��o continuada de qualidade.

Resumo: Esta disserta��o analisou a Avalia��o Institucional e a Forma��o Docente - elementos que se firmam como indispens�veis para um ensino de qualidade, com seus resultados e consequ�ncias - e por ser instrumento de reflex�es nos segmentos sociais e pol�ticos. Tamb�m, aborda-se a Avalia��o Institucional como instrumento que orienta as Institui��es de Ensino Superior na formula��o de seus planos para a forma��o de profissionais �ticos. Partindo-se do pressuposto que a Avalia��o Institucional vem sendo empreendida no ensino superior sob a �tica do neoliberalismo, fez-se um estudo abordando sua g�nese e trajet�ria, suas rela��es entre as pol�ticas sociais e as influ�ncias na educa��o superior. Essa an�lise permitiu compreender as inten��es hegem�nicas do Estado avaliador, bem como as contribui��es do fen�meno avaliativo para o trabalho docente, no espa�o educacional. Privilegiando aspectos qualitativos, destaca-se a complementaridade entre as esferas te�rica e emp�rica. Esta, se consolida a partir das representa��es de coordenadores de curso de uma Institui��o de Ensino Superior. Aquela, mediante estudos exaustivos, baseando-se nas publica��es sobre a Avalia��o Institucional e a Forma��o de Professores. As an�lises oriundas desta pesquisa desvelaram - ora convergindo, ora divergindo - as conex�es e as rupturas entre a Avalia��o Institucional e a Doc�ncia Universit�ria, sobretudo no tocante ao processo de ensino-aprendizagem, as quest�es metodol�gicas e as rela��es interpessoais. Outro fator que permeia esta pesquisa em rela��o �s necessidades de mudan�as educacionais s�o as a��es das Institui��es de Ensino Superior, sobretudo nas articula��es entre a forma��o inicial e a forma��o continuada. Os resultados apontam para quest�es pertinentes ao trabalho docente e para a necessidade do desenvolvimento de propostas que possibilitem sua forma��o.

Resumo: O sujeito profissional docente �, dialeticamente, constitu�do em rela��es dadas no contexto socioecon�mico, cultural, familiar, acad�mico, ideol�gico e profissional ao mesmo tempo em que as produz. Os aspectos a� imbricados tamb�m instituem, condicionam e reconformam a identidade e o trabalho docente. Transforma��es sociomercadol�gicas, inova��es das Tecnologias da Comunica��o e da Informa��o e nova conforma��o familiar alteram o cen�rio escolar e profissional, ampliando problemas, desafios e fun��es docentes. Nessa dire��o, esta pesquisa qualitativa toma como objeto de estudo o trabalho de professores atuantes em turmas de 11 a 14 anos em escolas da rede municipal de Uberaba-MG. De modo especial, trata da natureza, das configura��es e dos sentidos do trabalho desses professores, a partir de suas narrativas, para conhecendo e compreendendo tal realidade, entender a imagem que t�m de si e do pr�prio trabalho. Busca conhecer a identidade destes profissionais e os fatores que a constituem e/ou a amea�am. A Hist�ria Oral tem�tica, na perspectiva de Amado e Ferreira (2001), Camargo (2004) Hallwachs (1990), Meihi (1996), Pollack (1989), foi utilizada como metodologia de pesquisa. A fundamenta��o te�rica ap�ia-se em Antunes e Alves (2004), Bendassolli (2006), Dejours (1992), Marx (2002), Sennett (1999;2009), Castells (1999;2002), Hall (2001), Gonz�lez Rey (1997;2002;2005), Lawn (2001), Fanfani (2007), N�voa (1995), Tardif (2002;2007), Ball (2004;2005), L�dke e Boing (2004;2007) e Mancebo (2007). Dentre os resultados, constata-se que o significado do ser (estar) professor, das raz�es da escolha profissional, das concep��es/compreens�es sobre forma��o, educa��o e fun��es docentes depende das rela��es dadas em diferentes contextos. Comparando a forma��o que tivera com a atual realidade da profiss�o, o professor n�o se reconhece no que tem de fazer como docente. Integra a "classe-que-vive-do-trabalho", produz trabalho e � produzido por ele. N�o � reconhecido socialmente por seu trabalho, precisando, pois, de autorreconhec�-lo profissionalmente. Reconhece ter extensa jornada de trabalho, o que lhe permite atender �s responsabilidades familiares, embora admita n�o ser o seu trabalho t�o bem feito como gostaria que fosse. Tem um trabalho mental e o carrega consigo, desgastando-se a partir de si. Em algumas situa��es, trabalha em situa��o de risco e em condi��es f�sicas e materiais prec�rias e/ou inadequadas. Exerce um trabalho regulado e tem relativa autonomia. Trabalha com "clientes involunt�rios", n�mero inadequado de alunos por turma e, em alguns casos, sem vontade de exercer a profiss�o, o que acarreta implica��es para o exerc�cio profissional e seu bem-estar f�sico e emocional. Nessas condi��es, de maneira consciente, o professor exerce um trabalho "consentido" ao submeter-se �s obriga��es e imposi��es inerentes ao cargo que ocupa. Ademais, exerce um trabalho "com sentido" na medida em que esse mesmo trabalho o realiza humana e profissionalmente, ainda que por meio da realiza��o dos estudantes. Enquanto art�fice de valores (da vida), o trabalha(dor) docente, exercendo um trabalho consentido e/ou com sentido, tem orgulho de ser (estar) professor, porque se reconhece como algu�m que contribui para uma exist�ncia mais humana.

Resumo: A Educa��o de Jovens e Adultos - EJA, prevista e garantida em leis - Constitui��o Federal/88 e LDB (20/12/96) -, tem tido problemas em sua regulamenta��o, financiamento e sua implementa��o tem sido realizada, em grande parte, com trabalho docente volunt�rio. O objetivo geral desta pesquisa � analisar o trabalho docente volunt�rio desenvolvido em um projeto n�o formal em Uberl�ndia/MG, na perspectiva dos professores, e no modo como o mesmo repercute entre os alunos da Educa��o de Jovens e Adultos. O presente estudo, vinculado � linha de pesquisa Educa��o e Sociedade, parte do pressuposto de que para se atingir o verdadeiro objetivo da Educa��o de Jovens e Adultos, a socializa��o do saber sistematizado necessita de a��es educativas empreendidas por professores habilitados, que consideram a escolariza��o um instrumento indispens�vel � constru��o de uma sociedade democr�tica. A pesquisa iniciou-se a partir das seguintes indaga��es: O que � ser professor volunt�rio na Educa��o de Jovens e Adultos? O professor volunt�rio tem compromisso efetivo com a educa��o? O que traz esse professor para o trabalho com EJA? Como esses professores definem e que sentido d�o ao processo de ensino? H� propostas pol�tico-pedag�gicas? Estas s�o elaboradas levando em conta a realidade social do educando? A forma��o do professor interfere no processo ensino-aprendizagem? Qual o vi�s te�rico-metodol�gico dos projetos n�o formais da EJA? Este trabalho caracteriza-se como um estudo de caso, com revis�o bibliogr�fica, levantamento de documentos e pesquisa emp�rica numa abordagem qualitativa. A coleta de dados deu-se com o uso de entrevistas semi-estruturadas e anota��es do caderno de campo. Envolve os principais atores do processo educativo (professores, coordenador e alunos) dessa modalidade de ensino, em projeto n�o formal, no munic�pio de Uberl�ndia. Na an�lise das entrevistas, resultados apontam para reflex�es sobre o trabalho docente volunt�rio desenvolvido nessa a��o educativa. Apreendeu-se que o que leva o professor para esse tipo de trabalho � a realiza��o de valores e deveres religiosos que se convertem em capital simb�lico e que garantem aos professores o reconhecimento da comunidade pelo seu trabalho como educador e ainda permite a eles cumprirem seus compromissos de filantropia e caridade, assumidos no campo religioso. A aus�ncia de forma��o inicial e continuada dos professores compromete a oferta e implementa��o de uma educa��o de qualidade que seja capaz de inserir esses jovens e adultos na sociedade e mercado de trabalho. O embasamento te�rico est� fundamentado em autores como em Freire, Soares, Haddad, Di Pierro, Paiva, Ireland, Monta�o, Araujo e Dourado, dentre outros.

Resumo: A pol�tica brasileira baseada na l�gica neoliberal que, a partir da d�cada de 1990, foi assumida pelo Estado nacional, projetou novo desenho para a gest�o de institui��es p�blicas, especialmente, daquelas ligadas aos direitos sociais. � neste cen�rio, que as pol�ticas educacionais destacam a educa��o de qualidade como compromisso de todos. Apesar das diferentes designa��es, no discurso governamental, a qualidade aparece representada pela m�dia 6.0, no �ndice de Desenvolvimento da Educa��o B�sica - IDEB, a exemplo dos pa�ses desenvolvidos. Nesse sentido, esta pesquisa � um estudo de caso que trata da educa��o b�sica e indaga se as avalia��es internacionais e nacionais, que aferem a m�dia fixada como meta a ser cumprida, seriam indicadores confi�veis e suficientes para determinarem a qualidade do ensino p�blico no segmento da educa��o b�sica, e/ou se haveria no contexto educacional, outros fatores que tirariam a exclusividade do trabalho docente como fator explicativo e determinante dos resultados apontados pelas referidas avalia��es? Busca compreender a realidade da Rede P�blica Municipal, visando � identifica��o dos poss�veis entraves � educa��o de qualidade, tida como a que permite aproxima��es entre a forma��o do cidad�o e a sua inser��o no contexto social. Para tal, analisa-se a educa��o e o seu lugar no campo societal, com base nos autores Castells (1999), Rifkin (2001), Bauman (2002) e Lipovestsky (2007), tendo em vista caracterizar a sociedade contempor�nea em suas rela��es com a a��o educativa e as atuais pol�ticas p�blicas educacionais, consideradas na perspectiva de Gracindo (1994), Demo (1999), Cury (2003) e Arelaro (2007). O exame da quest�o da qualidade em seus v�nculos com as orienta��es dos organismos internacionais ap�ia-se diferentes autores que tratam desse tema. Em uma abordagem quali-quantitativa, a metodologia incluiu pesquisa documental, bibliogr�fica e de campo. Recorreu-se tamb�m � t�cnica da triangula��o, pela qual foram investigados comparativamente os indicadores de qualidade segundo tr�s segmentos. O te�rico, por meio de 38 artigos, o profissional, a partir dos servidores da Rede Municipal e o leigo representado pelos alunos e seus respons�veis. Dentre os resultados e, a partir de uma lista de 107 indicadores, foi poss�vel comparar a realidade de duas unidades escolares com o maior e o menor resultado de desempenho escolar, avaliado pelo Sistema de Avalia��o das Escolas Municipais - SAEM. Os dados apontam que muitos s�o os fatores que instituem uma educa��o de qualidade e um deles � o trabalho docente, que n�o � o �nico respons�vel conforme, indiretamente, o discurso das atuais pol�ticas p�blicas deixa entrever. A ele h� fatores associados e complexos que contribuem para libertar o professor da atual circunst�ncia que o qualifica como maior respons�vel pelo quadro de inefici�ncia educativa que dificulta o alcance de um Ensino Municipal P�blico de qualidade cujos pressupostos conceituais se voltam para uma educa��o humana cidad�.

Resumo: Este estudo consiste em uma investiga��o sobre a forma��o pedag�gica de professores da Educa��o B�sica, atuantes no Ensino M�dio. Com o objetivo de recuperar o processo formativo vivenciado por professores licenciados, tendo em vista identificar poss�veis lacunas apresentadas, procuramos apreender o significado social e o sentido pessoal da forma��o pedag�gica para o professor licenciado, bem como as necessidades formativas, identificadas por eles. Seguindo os pressupostos da pesquisa qualitativa, empreendeu-se um estudo documental associado � hist�ria oral, tem�tica e de vida, que se realizou mediante capta��o de depoimentos livres e dirigidos. Participaram desta a��o investigativa doze professores atuantes no Ensino M�dio em escolas p�blicas e particulares, do Munic�pio de Patroc�nio, cujas forma��es se deram em institui��es p�blicas e privadas, dentro e fora do Estado de Minas Gerais, compreendendo um per�odo de tempo entre 1970 e 2008. Os resultados apresentados nos mostraram que a maioria dos professores colaboradores teve a escola p�blica como locus de forma��o; que a dissocia��o teoria/pr�tica esteve presente durante os processos formativos iniciais dos docentes colaboradores; que para a maioria destes profissionais "ser professor" se constituiu em uma "obra do acaso" ou uma quest�o de sobreviv�ncia e n�o uma op��o profissional. Todas essas situa��es que comp�em sua trajet�ria formativa agregam um significado social, constru�do atrav�s do tempo e dos processos hist�ricos e ganha um sentido pessoal ao passo que � (re)constru�do pelos sujeitos participantes. Nesse processo, a "estrutura��o curricular, no formato `3+1�", o "tempo reduzido de forma��o pedag�gica", a "associa��o teoria-pr�tica", a "incompatibilidade entre forma��o e atua��o do formador", a "utiliza��o adequada dos recursos did�ticos", a "pesquisa aliada � educa��o" e a "dura��o geral do curso" se constitu�ram em aspectos percebidos pelos professores colaboradores como lacunas deixadas pelos processos formativos.

Resumo: Ao se pesquisar a concep��o que o professor de Ci�ncias tem de sua forma��o, nota-se uma trama inserida num contexto hist�rico influenciado por caminhos sociais e culturais da pr�pria forma��o humana, escolar e profissional n�o s� dos sujeitos investigados, mas tamb�m do pr�prio pesquisador. Assim, a proposta desta pesquisa foi investigar e problematizar, na �tica dos sujeitos do estudo, as concep��es que t�m de seus processos de forma��o e atua��o no campo do ensino e da aprendizagem. O trabalho se ap�ia em narrativas de professores de Ci�ncias atuantes em escolas p�blicas de Ituiutaba, MG. O objetivo � identificar como esse sujeito � ser social envolvido no entrela�amento de um cotidiano influenciado pela din�mica do poder-saber � concebe sua forma��o e atua��o cotidiana na sala de aula, bem como seu fazer segundo seu ponto de vista e seu subjetivismo. Como procedimento metodol�gico, a pesquisa se embasou em revis�o bibliogr�fica e entrevistas com os sujeitos da pesquisa. A an�lise das narrativas possibilitou apreender a concep��o dos entrevistados sobre suas experi�ncias de forma��o e atua��o docente. O ensino e a atua��o docente est�o intrinsecamente envolvidos num processo de pr�tica intersubjetiva que tem o professor como ser humano guiado por modos de pensar, agir, sentir que constituem sua forma��o cultural e que, muitas vezes, � ignorado ou at� fica impercept�vel aos olhos do pesquisador, caso este n�o pare para ouvi-lo.

Resumo: A interdisciplinaridade � uma atitude que busca estabelecer um di�logo entre diversas �reas do conhecimento espec�fico, rompendo fronteiras entre as disciplinas, tornando-se um conhecimento globalizante e cada vez mais utilizado na ci�ncia da educa��o. Essa proposta torna-se primordial quando se percebe que, na atualidade, a fragmenta��o do conhecimento tem sido discutida como um entrave na qualidade do ensino. Nesse sentido, � importante que o formador oportunize situa��es e experi�ncias que auxiliem o professor ou futuro professor a refletir de diferentes formas para diferentes tipos de contextos e realidades. Os profissionais de Educa��o F�sica, preocupados com o rendimento escolar e com a aprendizagem, v�m demonstrando interesse numa nova forma de trabalho. H� muito a quest�o da interdisciplinaridade tem despertado algumas inquieta��es, advindas de experi�ncias com projetos interdisciplinares, cuja proposta encontra-se presente na maioria dos documentos legais da educa��o, como leis, pareceres, projetos pedag�gicos, planos de ensino, LDB- 9.394/96 e outros. Este estudo discute a quest�o da interdisciplinaridade na forma��o de professores de Educa��o F�sica a partir de uma experi�ncia de forma��o docente, de uma Universidade em Uberaba-MG, em que o Projeto Pedag�gico do curso aproxima-se de uma proposta interdisciplinar. O objetivo geral da pesquisa foi investigar, a partir da perspectiva dos alunos e professores do curso em quest�o, como eles compreendem a interdisciplinaridade em sua forma��o. E como objetivos espec�ficos, analisar o referido Projeto Pedag�gico; investigar como a sua proposta tem sido apreendida na pr�tica pelos professores e alunos; e apontar, a partir das reflex�es engendradas, contribui��es para a forma��o de professores. Esta pesquisa � caracterizada por um estudo qualitativo. Para a coleta dos dados, al�m da pesquisa bibliogr�fica e a documental, utilizou-se tamb�m um question�rio estruturado com quest�es fechadas e abertas. Considerando os objetivos propostos, optou-se por realizar um estudo com o apoio da T�cnica de Triangula��o dos Dados, a qual consiste em confrontar os elementos provenientes de diferentes fontes; neste caso, a an�lise documental do Projeto Pedag�gico, as informa��es colhidas de um question�rio aplicado aos alunos e outro aos professores. O referencial te�rico deste estudo apoiou-se, principalmente, em Japiassu, Fazenda, Lenoir, Gusdorf, Pimenta, Lenoir, Schon, Contreras, N�voa, Taffarell, Medina e outros que abordam quest�es relacionadas � interdisciplinaridade, � forma��o de professores e � Educa��o F�sica. O confronto das informa��es colhidas evidencia que, embora a interdisciplinar idade seja, ainda, um conceito em constru��o, apresenta, em contrapartida, possibilidades de aceita��o e aplicabilidade por alunos e professores do curso investigado, cuja proposta pedag�gica se aproxima de ser interdisciplinar.

Resumo : No contexto geografico, politico, economico, social e educacional, referenciado a partir da conjuntura amazonica, tomamos a cidade de Itaituba no Estado do Para como cenario para esta pesquisa. Os sujeitos investigados foram esposas de garimpeiros que se tornaram professoras nesse contexto, e nosso olhar investigativo abrangeu as experiencias vividas segundo suas lembrancas. Nossos objetivos foram: descrever, contextualizar e comentar experiencias peculiares de magisterio, a partir de lembrancas narradas por protagonistas da epoca do ouro. Os estudos, que se inserem na Linha de Pesquisa Formacao de Professores e Praticas Educativas, identificaram sua problematica no fato de que essas mulheres de garimpeiros tornaram-se professoras sem que tivessem a formacao escolar para o magisterio, para atender as criancas do municipio. Partimos das seguintes questoes: qual e a experiencia vivida pelas mulheres de garimpeiros que atuaram como professoras no municipio de Itaituba/PA na epoca do ciclo do ouro? Que sentido atribuiram a essa experiencia? De quais saberes se valeram para exercer esse trabalho? Ha uma dimensao critica em suas lembrancas? Em que espacos e circunstancias a realizaram? Para fundamentar nossas perguntas, mais que responde-las, fizemos reflexoes sobre o eu-pesquisador e as circunstancias em que a pesquisa se insere. Apresentamos a regiao com seus �\surtos. de desenvolvimento, primeiramente com o ciclo da borracha, que historicamente foi marco desenvolvimentista da regiao, seguido do ciclo do ouro, que ocorreu nas ultimas tres decadas do seculo passado, deixando marcas significativas no municipio. Realizamos a leitura da epoca do ouro a luz de Lanni (1979), Moreira (2003), e Santos (2008), dentre outros. Alem dos estudos teoricos, utilizamos as narrativas como procedimento metodologico, segundo as concepcoes de Walter Benjamim (1994) e de pesquisadores que tambem realizaram seus trabalhos de campo numa perspectiva benjamiana, a saber, Eclea Bosi (1994) e Carlos Brandao (2001). Nesta investigacao aproxima-nos do metodo fenomenologico, em dialogo com Bachelard (1990), Merleau-Ponty (2006) e Abreu-Bernardes (2008), e realizamos uma abordagem qualitativa, como e entendida por Brandao (2003). Na articulacao da analise das falas das narradoras, organizadas em tres unidades de significado . as lembrancas das circunstancias e dos espacos, as lembrancas do oficio e a critica das lembrancas . voltamo-nos a Tardif (2002) que nos possibilitou discutir os saberes docentes da experiencia. Conciliar atividades domesticas, desafiar maridos, preconceitos, ausencia de estrutura, distancias, ma remuneracao, falta de experiencia e de formacao no que se solicitava fazer, mas, apesar disso, uma grande vontade de escolarizar as criancas constituiram sua identidade docente.Pensamos que a partilha de um conhecimento sobre vivencias desse magisterio peculiar podera contribuir para a discussao sobre o oficio e a formacao do professor.

Resumo: A inser��o das Tecnologias da Informa��o e da Comunica��o (TICs) no ensino superior e o avan�o da produ��o cient�fica sobre o tema t�m levado educadores e pesquisadores a questionarem a suas reais contribui��es para a educa��o. Neste sentido, esta pesquisa, de natureza te�rica e abordagem qualitativa, busca responder � seguinte quest�o: como os pesquisadores concebem as TICs e analisam seu potencial educativo, diante das demandas educacionais impostas pelas inova��es tecnol�gicas? Baseia-se na hip�tese: O uso das TICs, pelos professores e alunos em suas diferentes linguagens, potencializa a aprendizagem, interfere na qualidade das pr�ticas pedag�gicas e influencia no processo educativo. O objetivo geral � identificar, atrav�s da revis�o sistem�tica, as concep��es dos pesquisadores sobre as TICs no ensino superior e suas abordagens educativas. S�o objetivos espec�ficos: verificar as concep��es dos docentes acerca da utiliza��o de tecnologias; indagar sobre a presen�a ou aus�ncia de tecnologias nos processos pedag�gicos de forma��o docente; investigar pr�ticas pedag�gicas � luz do uso de diferentes tecnologias e meios de comunica��o no contexto escolar. O referencial te�rico ap�ia-se principalmente nas contribui��es de L�vy (1996, 1999, 2000); Castells (2000); Moran (1995, 2006); Briggs e Burke (2004); Bauman (1999); Valente (1999, 2002); Preti (2000); Barretos (2003, 2004); Massetto (2006); Belloni (2001); Clarke e Oxman (2001); Castro (2001) e Ciliska, Cullum e Marks (2001). A metodologia incluiu busca no Portal Eletr�nico Dom�nio P�blico - Biblioteca Digital - da Capes, tendo como objeto de estudo as Disserta��es dos pesquisadores da Regi�o Sul e Sudeste, que, em seus estudos, abordaram as TICs no ensino superior. Para coleta de dados utilizou-se a t�cnica de fichamento. A an�lise das informa��es baseou-se em tr�s categorias: uso pedag�gico das TICs; forma��o de professores para o uso das TICs, trabalho docente e TICs. Dentre os resultados destacam-se como pontos comuns entre os pesquisadores: estudo interdisciplinar; educa��o com qualidade; forma��o continuada; cursos de forma��o de professores; papel do professor; papel educativo na aprendizagem; interatividade na constru��o do conhecimento e redes de computadores tidos como fatores que podem contribuir para a utiliza��o do potencial educativo das TICs no contexto educacional. Conclui-se que novos estudos s�o necess�rios tendo em vista a valoriza��o da percep��o do professor sobre a utiliza��o das TICs, de forma que ele compreenda o potencial educativo das TICs e invista nele de forma pedag�gica, favorecendo o processo ensino-aprendizagem.

Resumo: Este estudo trata das concep��es da Educa��o F�sica Escolar de professores do ensino fundamental das redes p�blicas de Itumbiara-GO e do que dizem sobre suas pr�ticas pedag�gicas. A Educa��o F�sica Escolar tem sido vista, pela maioria dos professores, como um componente curricular preocupado em ensinar apenas o "saber fazer" constitu�do de atividades esportivas e habilidades motoras. Com esta pesquisa pretendemos encontrar respostas �s perguntas: H� mudan�as nos fundamentos te�ricos da Educa��o F�sica Escolar e se houver como s�o apropriadas pelos professores de EFE? Como a Educa��o F�sica � concebida pelos professores das redes p�blicas, Municipal e Estadual? Qual � o lugar que atribuem �s competi��es esportivas em suas pr�ticas? O que dizem sobre o modo como ensinam Educa��o F�sica aos alunos? Este estudo teve como objetivo geral analisar e discutir como algumas concep��es dominantes da Educa��o F�sica Escolar s�o apropriadas pelos professores e se estes valorizam a forma��o do educando como ser humano integral, historicamente situado e participante da sociedade como cidad�o. Os processos de constru��o e a interpreta��o da realidade pesquisada se deram a partir da revis�o bibliogr�fica, documental e da pesquisa de campo, com abordagem qualitativa e an�lise de conte�do, fundamentada em Bardin. Fez-se o uso da entrevista semiestruturada e observa��o informal das aulas. Este estudo mostrou que predominam as concep��es da aptid�o f�sica, o ensino centrado na pr�tica do esporte embora em suas falas deem muita import�ncia � forma��o integral do cidad�o. Os 11 entrevistados sentem-se gratificados em serem professores de Educa��o F�sica por ser a disciplina que os alunos mais gostam. Apontam as dificuldades no exerc�cio da doc�ncia, por falta de infraestrutura, materiais, quadras adequadas e cobertas. Sentem falta de cursos de forma��o continuada para a �rea e de maior valoriza��o profissional. Este estudo fundamentou-se em Barbosa, Betti, Bracht, Coletivo de Autores, Chaves, Caparroz, Darido, Hildebrandt, Neira e Nunes, dentre outros.

Resumo: A organiza��o da educa��o b�sica do Brasil segue dois sistemas: s�ries e ciclos. Se uns defendem estes porque visam suprir necessidades individuais de aprendizagem discente, outros criticam os ciclos porque se associam � promo��o autom�tica, adotada para corrigir problemas de repet�ncia, evas�o e atraso escolar. Visto que o sucesso dos ciclos depende da ades�o docente, ent�o como professores e professoras concebem essa organiza��o escolar? A forma��o inicial os prepara para atuar nessa organiza��o? A forma��o continuada e em servi�o orienta a pr�tica pedag�gica de quem atua nesse sistema escolar? Que dificuldades enfrentam no processo de ensino e aprendizagem nos ciclos? Esta pesquisa objetivou investigar tanto as concep��es e pr�ticas de professoras de uma escola municipal de Minas Gerais que adota os ciclos quanto as dificuldades que enfrentam na pr�tica. Para isso, a pesquisa recorreu � revis�o bibliogr�fica dos antecedentes hist�ricos e da discuss�o atual sobre os ciclos, bem como a entrevistas semi-estruturadas com seis professoras e uma supervisora. Os relatos indicam que a implanta��o dos ciclos deixou a desejar. Embora seja uma escola apenas, � correto supor que ela reproduza o que a situa��o de outras escolas que passaram por tal reorganiza��o e que os problemas mencionados pelas entrevistadas s�o comuns, tamb�m, a docentes de escolas seriadas. Essa constata��o permite concluir que o sucesso do regime de ciclos e a qualidade da educa��o b�sica dependem das condi��es do trabalho docente, de sal�rios e de uma forma��o inicial e cont�nua voltada �s necessidades concretas dos docentes no dia-a-dia da sala de aula.

Resumo: Esta disserta��o analisa o que � ser pedagogo no ensino superior do Instituto Federal de Educa��o, Ci�ncia e Tecnologia do Tri�ngulo Mineiro - campus Uberaba. Como pesquisa colaborativa, seu objetivo central foi buscar suporte te�rico e pr�tico que possibilitasse ampliar e aprofundar conhecimentos sobre o processo educativo e o profissional da pedagogia como oportunidade para o exerc�cio de uma pr�tica de forma��o colaborativa e coletiva. Para responder, analisar, estabelecer rela��es, interpreta��es e sistematiza��es das quest�es da investiga��o, adotei a pesquisa qualitativa e procedimentos metodol�gicos revis�o bibliogr�fica e o levantamento de documentos, observa��o assistem�tica e entrevistas semiestruturadas com professores de dois cursos. A realiza��o da pesquisa colaborativa se desdobrou em dois momentos principais: levantamento de temas conforme as necessidades dos professores, conquistando espa�o de forma��o continuada, e entrevista semiestruturada com 11 colaboradores. Os resultados mostraram que os professores entrevistados reconhecem que o pedagogo � necess�rio no ensino superior e que fun��es burocr�ticas, administrativas e de controle da pr�tica do pedagogo t�m de ser repensadas para que seu trabalho enfoque apenas o processo educativo, de modo a explicitar o valor e o objeto de seu trabalho no ensino superior. Quanto ao processo de a��o formativa na modalidade de pesquisa colaborativa, ficou claro que este aproxima professores e pedagogos, al�m de possibilitar o desenvolvimento profissional de ambos. Os referenciais te�ricos que embasaram o trabalho s�o constitu�dos por Contreras, Dussel e Caruso, Freire, Foucault, Giroux, Habermas, Ibiapina, Lib�neo, Marcelo Garcia, Pimenta, Saviani, Tardif, Zeichner, entre outros.

Resumo: Esta pesquisa consiste na investiga��o da forma��o continuada de professores dos anos finais do ensino fundamental, entre 2006/2008. Orienta-se pela perspectiva hist�rico-cultural e encontra na Teoria da Atividade o eixo articulador para an�lise dessa realidade cujos objetivos assim se delineiam: investigar necessidades formativas; identificar motivos e condi��es que os levam � participa��o ou n�o nas a��es formativas; apreender significado social e sentido pessoal dessas a��es para o docente. Desenvolve-se mediante abordagem qualitativa e do materialismo hist�rico-dial�tico, por meio de estudo de caso. A coleta dos dados ocorre a partir da entrevista semi estruturada, observa��o informal e an�lise documental. Assim se fez necess�ria uma an�lise do contexto hist�rico e s�cio-cultural da forma��o continuada, interlocu��o com teorias-te�ricos sobre processos formativos e desenvolvimento humano, an�lise das pol�ticas p�blicas educacionais, n�vel micro-macro, tendo em vista a forma��o humana mediante a pr�xis social. A t�cnica da triangula��o dos dados resulta na seguinte an�lise: As a��es de forma��o continuada se constituem mais em motivos-est�mulos, do que motivos formadores de sentido, pois, pautam-se pela certifica��o, em detrimento do desenvolvimento humano, condi��es intra e extra escolares da pr�xis educativa. Conclui-se, pois, que tais condi��es objetivas contribuem para cis�o entre significado social e sentido pessoal. O estudo demonstra, ainda, que a atividade de ensino � para os docentes o conte�do da forma��o continuada e ponto de partida do desenvolvimento profissional, a inter-rela��o indiv�duo-sociedade mediante atividade. Contudo, se faz necess�rio construir esse processo na rede de rela��es sociais-institucionais, a fim de que o coletivo assuma atividade de ensino como orientadora dos processos formativos.

Resumo: A pesquisa Tocar em frente as ensinhan�as da d�vida: a busca da identidade do Ensino Religioso est� situada na linha de pesquisa Forma��o Docente e Pr�ticas Educativas, do Programa de Mestrado em Educa��o, da Universidade de Uberaba. Este estudo tem como objetivo principal a busca da identidade do Ensino Religioso enquanto componente curricular escolar. Trata-se de uma pesquisa te�rico-emp�rica, de abordagem qualitativa. Utilizou como procedimentos a leitura bibliogr�fica e, na parte emp�rica, narrativas de tr�s professoras que atuam no Ensino Religioso na rede estadual de ensino, no munic�pio de Uberaba/MG. O referencial te�rico ap�ia-se em Junqueira (2002a; 2002b; 2003), Eliade (2008), Otto (2007), Freire (1987; 1993; 2001) e Oliveira et al. (2007). A base metodol�gica fundamenta-se em Benjamim (1994), Bosi (1994) e Moreira (2004). A interpreta��o das experi�ncias vividas pelas narradoras aproximou-se da an�lise fenomenol�gica por meio da qual se procura desvelar o n�o-aparente e perceber o sentido da experi�ncia docente nesse componente curricular. No escopo da pesquisa, observa-se a identidade do Ensino Religioso em tr�s momentos: em alguns momentos da hist�rica da educa��o brasileira; no entrela�amento educa��o, Ensino Religioso e sagrado; e, na experi�ncia de professoras que atuam nesse componente curricular. Como resultado observou-se que: trata-se de um novo ensino nascido a partir da LDB 9394/96, tendo sua forma embrion�ria no ensino catequ�tico cat�lico e, posteriormente, no ensino da religi�o; o sagrado enquanto objeto de estudo da disciplina n�o pode estar vinculado a uma �nica tradi��o religiosa, haja vista ao pluralismo presente no ambiente escolar; por aus�ncia de forma��o espec�fica e continuada, o professor n�o consegue, ainda que se esforce, atribuir uma identidade que personifique o Ensino Religioso, uma vez que o entende, quase que exclusivamente, como disciplina de valores humanos. O que possibilita afirmar que a identidade do Ensino Religioso depende da constru��o de sua epistemologia.