Novo Coronavírus muda rotina de alunos e exige reinvenção nas formas de estudo | Acontece na Uniube

Novo Coronavírus muda rotina de alunos e exige reinvenção nas formas de estudo

03 de abril de 20
1 / 1

A alta disseminação do novo Coronavírus e a necessidade de ficar em casa para evitar a contaminação fizeram com que a estudante de Engenharia de Produção da Uniube Uberlândia, Cinara Debona, repensasse as atividades diárias que deveria realizar. A rotina da aluna ficou dividida em atividades obrigatórias, como estudos, e pessoais, como passar um tempo com a família. “Estou cumprindo todas as atividades durante esta situação de isolamento e buscando alternativas diferentes para aproveitar melhor o tempo”, diz.


E a primeira preocupação encontrada pela Cinara foi a adaptação para o estudo a distância, principalmente na execução de algumas tarefas. As aulas remotas da Universidade, atendendo aos posicionamentos de órgãos oficiais, como a portaria nº 343 do Ministério da Educação (MEC), são feitas via Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Para ela, a ferramenta e a ajuda dos docentes favorecem o aprendizado e diminuem o impacto desta fase. “O AVA é uma das plataformas mais eficientes, que promove tanto a conexão com o professor como conteúdo, ou seja,  ajuda bastante. E os professore me auxiliam, tiram dúvidas, fazem vídeos expositivos e estão sempre presentes”, afirma a estudante.


O costume de estar, diariamente, em uma sala de aula também exigiu uma mudança no comportamento do estudante de Engenharia Elétrica da Uniube Uberlândia, Luis Ricardo dos Reis. “A minha rotina está sendo bem atípica. Preparei minha casa e estou tentando ao máximo utilizar os mesmos horários que estaria na Universidade para estudar. Vejo o esforço dos  professores de preparar a casa deles para dar aula e é muito motivador, porque vejo que estão muito preocupados conosco”, conta.


O maior tempo com a filha, de dois anos, e a ajuda da esposa para que Luis siga firme nos estudos são a motivação que o estudante tem para passar por este momento nacional tão delicado. “Não é motivo para gente parar. É um desafio e isso deixa a gente mais forte. É um momento de crise, que exige mudança, flexibilidade. Eu vejo que no mundo corporativo nós temos, diversas vezes, esta exigência por mudança, então temos que nos manter calmos, ter disciplina, apoiar os professores, que estão tentando nos ajudar, e seguir porque são fases. Não tem mal que dure para sempre, então paciência, tudo vai passar, vai voltar ao normal e isso vai nos preparar para o futuro”, aconselha Luis Ricardo.


O modo de reinvenção seguido por Cinara e Luis é, segundo a psicóloga e coach, professora Daniela Sabino, ideal para situações como esta. “A gente só se desenvolve quando sofremos por alguma coisa, ou quando passamos por alguma necessidade, isso nos força a repensar. O nosso dia a dia está muito programado dentro de uma velocidade que nós colocamos e, agora, esta velocidade está zero. Os movimentos se resumem ao espaço que temos dentro de casa e é interessante porque começam a surgir dificuldades, mas, ao mesmo tempo, oportunidades para você fazer aquilo que sempre sonhou, mas não teve tempo”, explica a psicóloga.


Para a organização diária de tarefas a seguir, a professora Daniela indica o preenchimento de uma agenda. “É importante entender que é possível encontrar um outro jeito e, quando a gente descobre esse outro jeito, aprendemos.  Por isso a administração do tempo é muito necessária. Divida o dia em três partes: manhã, tarde e noite. Faça uma lista das atividades que você precisa fazer e as que já estavam nos seus planos, como estudar, alimentar. Tudo isso deve constar na agenda. Depois, uma outra lista de atividades que você não fazia, mas sonhava em fazer, como aquele curso que tanto queria, organizar um guarda-roupa, entre outras. Aloque todas as ações do seu dia, até mesmo horário de almoço e banho, sempre com a mescla entre atividades de trabalho, estudo, oração e diversão”, instrui Sabino.


A nova realidade fez com que empresas se modificassem. Também, com que todos pudessem contar com os benefícios da tecnologia. “É um tédio, a gente não aprendeu a ficar em casa o tempo todo, principalmente as pessoas mais dinâmicas. Nós estamos passando por esta situação, não é só um país, é o mundo todo. Então o que você vai fazer? Você tem dois caminhos: vai para a cama ou se reinventar e aproveitar oportunidades? Então, precisamos construir este nosso ambiente de positividades dentro de casa, olhar as coisas boas”, finaliza.