CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DO EDUCADOR MÁRIO PALMÉRIO

Mário de Ascenção Palmério, nasceu em Monte Carmelo-MG no dia 01 de março de 1916, filho de Francisco Palmério e de Maria da Glória Palmério. Em vida, trabalhou para os mais diferentes setores e com uma visão futurista, investiu na mais importante conquista do ser humano: a Educação.

Em 1935 matriculou-se na Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro, mas se desligou no ano seguinte, por problemas de saúde. Em 1936, ingressou no Banco Hipotecário e Agrícola de Minas Gerais, sendo designado para trabalhar na sucursal de São Paulo onde iniciou sua prática pedagógica como professor de Matemática do Colégio Pan-Americano, mantido pela Escola Paulista de Medicina.

Mário Palmério participou da fundação do Lyceu do Triângulo Mineiro e das Faculdades de Odontologia, Direito, Engenharia e também teve papel importante na criação do primeiro curso de medicina de Uberaba da UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro, na época, ainda chamada de Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro (FMTM). No ano de 1988, a instituição de ensino criada pela dedicação de Mário Palmério ganhou o status de Universidade de Uberaba. A mais importante das conquistas para quem se dedicou tanto para o desenvolvimento educacional.

O POLÍTICO

Mário Palmério elegeu-se Deputado Federal pelo PTB em 1950. Durante o seu primeiro mandato exerceu a vice-presidência da Comissão de Educação e Cultura. Reeleito em 1954, integrou a Comissão de Orçamento e a Mesa da Câmara. Reelegeu-se em 1958 e quatro anos depois, foi nomeado pelo então Presidente João Goulart, Embaixador do Brasil no Paraguai. Por quase dois anos no cargo, Mário se dedicou também à música, compondo, guarânias e polcas paraguaias, destacando-se, dentre elas, "Saudade", "Noches de Assuncion" e "No Digas No".

O ESCRITOR

A vida literária de Mário Palmério teve início em 1956, com a publicação do livro "Vila dos Confins", fruto de uma aventura intelectual que tinha como propósito a política. Em 1965, publicou "Chapadão do Bugre" e quatro anos depois, foi eleito para a ocupar a cadeira número 2, vaga de Guimarães Rosa, na Academia Brasileira de Letras. Em busca de temas para novos livros, Mário Palmério permaneceu nove anos na Amazônia, viveu num barco que ele mesmo projetou e batizou de "Fray Gaspar de Carvajal", em seu barco recebeu inúmeras visitas de cientistas, naturalistas de todo o mundo interessados pela flora e fauna Amazônica.